terça-feira, 15 de julho de 2008

Segredos do Budo





Um dia, um samurai, grande Mestre de sabrequis obter o verdadeiro espírito da esgrima. Era durante a época Tokugawa. À meia noite, foi a um santuário de Kamakura, subiu os numerosos degraus que levam até lá e rendeu homenagem ao Deus local, Hachinam. Hachinam, no Japão, é um grande Bodhisattva que se tornou o protetor do Budo. O Samurai rendeu-lhe homenagem. Ao descer os degraus, a meia noite, ele sentiu, debaixo de uma grande árvore, a presença de um monstro em frente dele. Por intuição, ele desembainhou o seu sabre e num instante matou o monstro. O sangue jorrou e derramou-se pelo chão. Ele matou-o inconscientemente.

O Bodhisattva Hachinam não lhe deu o segredo do Budo. Mas graças a esta experiência, no caminho de regresso, ele compreendeu-o. A intuição e a acção devem surgir simultâneamente. Não pode haver pensamento na prática do Budo. Não há um só segundo para pensar. Quando agimos, a intensão e a ação devem ser simultâneos. Se dissermos : " O monstro está ali, como matá-lo? ", se hesitamos, só o cérebro frontal entra em ação. Ora, o cérebro Thalamus (cérebro profundo) e ação devem coincidir, no mesmo instante, idênticos.

Assim como o reflexo da Lua sobre um curso d'água, não fica imóvel, se bem que a Lua não se mexa. É a consciência Hishiryo.

texto retirado do blog: http://alexdacosta.blogspot.com/

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